O futuro das reservas de viagens não depende mais apenas de viajantes ou empresas, mas sim da inteligência artificial. Um relatório da Phocuswright revela que o marketing está evoluindo para um novo conceito: "B para IA", em que as marcas precisarão abordar diretamente os agentes de IA que aconselham e decidem em nome dos consumidores.
Ferramentas como ChatGPT e Gemini já influenciam as escolhas de destinos e serviços, recomendando alternativas mais acessíveis ou personalizadas. À medida que integram opções de compra e pagamento, sua influência nas decisões de reserva aumentará ainda mais. Para o setor, isso representa o desafio de fornecer informações confiáveis, transparentes e de fácil acesso para esses sistemas.
Especialistas apontam que essa mudança implicará uma reformulação profunda da infraestrutura tecnológica do turismo, desde os sistemas de gestão hoteleira até as plataformas de distribuição global. Padrões comuns serão necessários para permitir a comunicação entre múltiplos agentes de IA, garantindo precisão e consistência nas informações.
A grande promessa é uma hiperpersonalização sem precedentes. Agentes de IA poderão fazer recomendações não apenas com base no preço, mas também com base em atributos específicos do quarto, experiências desejadas ou preferências individuais do viajante. Empresas como a Kayak já estão caminhando nessa direção, com projetos que integram IA em suas interfaces para fornecer resultados mais personalizados e relevantes.
No entanto, ainda há desafios críticos: a confiança dos viajantes nas recomendações da IA, a transparência das informações e como esses sistemas irão monetizar seus serviços sem comprometer a justiça.
Esta discussão faz parte da "Série de tendências de novos agentes" da Phocuswright, que continuará em 17 de setembro com um novo episódio focado na convergência da inteligência artificial generativa com a identidade digital dos viajantes.
Fonte: Phocuswright.