O acordo foi firmado hoje pela manhã, em reunião entre o CEO do SAHIC, Arturo García Rosa, o vice-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere Gonçalves Pinto, e o presidente da Invest.Rio, Sidney Levy, consolidando a capital fluminense como palco estratégico para negócios e inovação no setor.
“É um marco. O Rio de Janeiro é globalmente reconhecido, mas também é um território fértil para inovação e oportunidades ainda pouco exploradas. Temos convicção de que será uma edição histórica”, destacou García Rosa.
Investimentos previstos podem ultrapassar US$ 1,6 bilhão
Com base nas projeções apresentadas por Arturo García Rosa, a edição de 2026 poderá movimentar mais de US$ 1,6 bilhão em investimentos no setor de turismo e hospitalidade — um recorde histórico para o evento e um importante indicativo da recuperação e expansão do mercado latino-americano.
“Antes da pandemia, tínhamos edições chegando a US$ 1,2 bilhão. Voltamos a esse patamar em 2025. E, com tudo que está sendo estruturado aqui, o potencial para 2026 é ainda maior”, afirmou.
Segundo ele, diversos negócios iniciados durante a SAHIC 2025 já estão em fase avançada de negociação e devem ser formalmente anunciados até março de 2026, no evento do Rio.
Brasil: no radar de novos investidores globais
Um dos principais destaques da coletiva foi o novo perfil de investidores que passaram a olhar para o Brasil com interesse mais estratégico. A SAHIC 2025 reuniu mais de 400 participantes de 15 países, e Arturo destacou a presença crescente de grupos internacionais que ainda não atuam no país.
“Vimos players que, até então, nunca haviam considerado o Brasil. Agora querem entender o mercado, conversar com desenvolvedores locais, formar alianças. Isso muda completamente o jogo.”
Tradicionalmente impulsionado por capital nacional, o setor hoteleiro brasileiro agora entra no radar de fundos estrangeiros e redes internacionais, com foco crescente em projetos de alto padrão, como resorts de luxo e branded residences.
Oportunidades além do óbvio: parques temáticos e destinos ocultos
Outro ponto estratégico levantado foi o enorme potencial de segmentos que, embora muito populares entre brasileiros, permanecem praticamente invisíveis no mercado internacional — como os parques temáticos e destinos regionais ainda pouco promovidos globalmente.
“O Brasil tem regiões com altíssimo fluxo turístico interno, mas que são completamente desconhecidas fora do país. É uma oportunidade gigantesca para investidores e operadores internacionais.”
Agenda de 2026 será construída com grandes nomes do setor
A programação da edição 2026 será elaborada por um comitê internacional de planejamento, liderado pela equipe da SAHIC, com participação de nomes como Abel Castro (Accor), Diogo Canteras, Ricardo Mader, entre outros executivos de destaque da indústria hoteleira.
O primeiro rascunho da agenda oficial será divulgado em agosto de 2025, no site da conferência.
O Rio como palco continental
Mais do que sede, o Rio de Janeiro se consolida como vitrine para toda a região. A escolha da cidade tem impacto direto na capacidade de atrair novos investidores, conectar operadores internacionais com desenvolvedores locais e impulsionar negócios estruturantes para o setor.
“A SAHIC é um evento regional. Representa a América Latina e o Caribe, e reúne os principais nomes do setor. O Rio tem essa força de projeção internacional e de engajamento local — por isso volta a sediar essa edição histórica de número 20”, afirmou o CEO.
Com data marcada e acordo fechado, a SAHIC 2026 promete ir além do simbólico. Será uma edição catalisadora para o futuro da hospitalidade e do turismo na região — e o Brasil está no centro dessa transformação.
Reportagem: Mary de Aquino.
Foto: Divulgação.