As Bahamas fortalecem sua posição no Caribe e projetam crescimento estratégico na América Latina

Como você descreveria sua experiência e expectativas ao participar do Caribbean Travel Marketplace 2025?

Esta é minha primeira vez em um evento da CHTA e tem sido uma experiência extremamente enriquecedora. Estou conhecendo os principais players do setor, aprendendo como meus colegas abordam seus mercados e absorvendo muitas informações valiosas. Foi revelador e motivador.

Qual é a principal mensagem ou inovação que você está compartilhando com os compradores neste evento?

A maioria dos compradores já conhece as Bahamas como destino, então o que fazemos aqui é compartilhar nosso desempenho recente e ouvir suas preocupações. Nosso foco é facilitar os processos de negócios e como você pode entregar melhor as informações aos seus clientes, já que somos um destino B2B por natureza.

Alguma atualização sobre a conectividade aérea para o destino?

Sim, especialmente em relação à América Latina. Um dos nossos principais parceiros é a Copa Airlines, que opera a partir do Panamá e permite a entrada no destino sem a necessidade de visto americano. A partir de julho de 2025, a Copa adicionará um quarto serviço semanal para Nassau, respondendo ao aumento da demanda. Se isso continuar, pretendemos tornar esse serviço permanente e não apenas sazonal.

Como o governo trabalha com o setor privado para oferecer uma experiência turística renovada?

Nosso relacionamento com o setor privado é forte. Nossa gerente geral, Latia Duncombe, mantém diálogo contínuo com conselhos de promoção como o Nassau Paradise Island Promotion Board e hotéis independentes. Trabalhamos juntos para enfrentar seus desafios e facilitar negócios em todas as ilhas.

Quais são as principais preocupações que você recebe dos compradores?

Muitas pessoas querem saber como expandir suas operações além de Nassau e Grand Bahama para ilhas como Abaco, Eleuthera, Exuma ou Bimini. Há muito interesse em se conectar com hotéis locais, negociar tarifas competitivas e estender estadias. A partir do nosso papel institucional, buscamos conectar esses operadores com os atores adequados.

Que estratégia você está implementando para fortalecer sua presença na América Latina?

O principal desafio tem sido a falta de conhecimento do destino na região. Mas estamos investindo em promoção e treinamento para mudar isso. À medida que cresce a conscientização sobre o que as Bahamas têm a oferecer, a demanda também aumenta. É um processo progressivo, mas real.

Qual é a perspectiva atual para a chegada de visitantes e as expectativas para o final do ano?

Temos visto um crescimento sustentado, embora seja difícil fornecer números precisos para o futuro, mas já estamos em níveis semelhantes ou superiores aos de 2019.

De fato, até agora neste ano superamos os números pré-pandêmicos. Em 2023, fechamos com 11,22 milhões de visitantes, e nosso Ministro do Turismo e Vice-Primeiro Ministro, I. Chester Cooper, planeja continuar aumentando esses números.

Como a situação econômica dos EUA pode afetar a demanda pelas Bahamas?

Os Estados Unidos representam nosso principal mercado de origem. Então qualquer impacto econômico nos afeta diretamente, já que estamos muito perto da Flórida. Ainda assim, buscamos diversificar.

E você está vendo resultados nessa diversificação de mercado?

Sim, estamos recebendo mais visitantes do Canadá e da América Latina. Estamos preparados para nos adaptar. Cada desafio representa uma oportunidade e estamos confiantes de que o crescimento continuará.