Pela primeira vez, a Cúpula sai do México e escolhe a Costa Rica como anfitriã, um dos países mais emblemáticos na
promoção do turismo responsável.
O dia 21 de maio marcou o início formal da reunião, embora alguns participantes tenham feito visitas técnicas a projetos exemplares de turismo sustentável no dia anterior. Hoje, as atividades começaram com um curso especializado sobre "Estratégias de Turismo Lento para a Sustentabilidade Social", ministrado por Francisco Pastor, do CIFAL Málaga - UNITAR, que abordou metodologias para um turismo consciente, inclusivo e focado no bem-estar das comunidades receptoras.
Paralelamente, foram realizadas reuniões privadas de alto nível, incluindo uma sessão do Conselho Centro-Americano de Turismo (CCT), a reunião da Yuluca Alliance e o workshop ISTO-SITCA sobre o design de produtos turísticos sustentáveis. Essas sessões reuniram as principais partes interessadas dos setores público, privado e da sociedade civil, fortalecendo a cooperação regional para o desenvolvimento do turismo sustentável.
O momento culminante do dia foi a cerimônia de abertura da Cúpula, que contou com a presença de autoridades costarriquenhas e mexicanas, representantes da UNESCO, do Turismo da ONU e de outras organizações internacionais. Durante a cerimônia, foi entregue o Prêmio Turismo Sustentável e Social na Ibero-América 2025, que reconhece projetos exemplares que impactam positivamente comunidades, ecossistemas e viajantes.
Mandri também destacou o papel da Costa Rica como líder em sustentabilidade, agradecendo por sua abertura e comprometimento: "Obrigado, Costa Rica, por ser um exemplo de sustentabilidade e consistência, por nos mostrar que é possível crescer com respeito à natureza e à justiça social."
O tema deste ano, "Turismo da perspectiva das comunidades", foi amplamente enfatizado por Mandri, que afirmou que "o turismo deve servir às comunidades, e não o contrário". Em seu discurso, ele pediu uma mudança profunda na forma como o desenvolvimento do turismo é concebido, convidando-nos a colocar as pessoas que habitam os territórios no centro e reconhecendo que "sem comunidade, não há destino turístico sustentável possível".
Ele também apresentou os quatro eixos estratégicos que estruturam esta edição da Cúpula: Turismo e sociedade, turismo e território, turismo e cultura, e turismo e meio ambiente. Esses pilares abordarão tópicos como inclusão de mulheres e jovens, respeito ao patrimônio cultural, turismo regenerativo e governança participativa.
Depois, os participantes desfrutaram de um coquetel de boas-vindas, onde foram estabelecidas as primeiras trocas, alianças e colaborações. O Sustainable & Social Tourism Summit 2025 teve um início forte, posicionando-se mais uma vez como uma plataforma de colaboração entre governos, empresas, academia e sociedade civil para transformar o turismo em uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável, inclusão e resiliência.
Nas palavras de Mandri: "O turismo não mudará o mundo sozinho. Mas pode ser uma das ferramentas mais poderosas para construir um mundo mais justo, inclusivo e sustentável, se o fizermos a partir das comunidades, com as comunidades e para elas."
Fonte: Sustainable & Social Tourism Summit.