Quais são os principais objetivos da Iberostar para participar da WTM Latin America 2025 e como ela está posicionada nos mercados brasileiro e regional?
A WTM Latin America é um evento fundamental para a Iberostar. Participamos há anos com uma representatividade sólida e nosso foco é fortalecer o relacionamento com operadoras de turismo e agentes de viagens, que são essenciais para nós. Esta edição tem um significado especial porque estamos comemorando os 20 anos da Grande Expedição Amazônia, nosso primeiro produto no Brasil, um marco que nos orgulha profundamente.
Que inovações globais você está introduzindo nesta temporada e como elas estão promovendo os objetivos da empresa?
Nossa prioridade é sempre melhorar a experiência do cliente. Estamos passando por grandes reformas, incluindo uma reforma completa do Iberostar Tucán & Quetzal na Riviera Maya, uma propriedade muito procurada no mercado latino-americano. Em termos de novidades, neste ano assumimos a gestão de dois hotéis em Miami Beach e inauguramos um novo hotel em Aruba, um novo destino para a Iberostar. Este último tem uma abordagem diferente do tradicional all-inclusive, oferecendo opções de acomodação com café da manhã ou apenas quarto.
Que iniciativas vocês têm planejadas em termos de promoção fora do mercado brasileiro?
De 27 de junho a 1º de julho, realizaremos o primeiro evento exclusivo para os 65 agentes de viagens mais destacados da América Latina, segundo nossa plataforma Star Agents, que já conta com mais de 8.000 agentes ativos. Acontecerá no Iberostar Selection Praia do Forte, Brasil, onde eles experimentarão o jeito que oferecemos aos nossos hóspedes. O evento busca premiar a fidelidade e o comprometimento daqueles que promovem ativamente nossa marca.
Que outros eventos e feiras internacionais você planejou para este ano?
Recentemente participamos da ANATO na Colômbia e agora da WTM Latin America. Em maio, estaremos na ILTM Latin America, em São Paulo, focados em promover nossa linha de luxo, a Iberostar Grand Collection, e nosso novo hotel em Aruba. Ao longo do ano, organizamos cafés da manhã, almoços e jantares com agentes em cidades como Santiago, Lima, Buenos Aires, Rosário e várias outras no Brasil. A ideia é manter um contato próximo e atualizado com o canal de vendas.
Quais são os principais mercados emissores da Iberostar na região?
Os Estados Unidos são nosso principal mercado, seguidos pela Argentina, que recentemente ultrapassou o Canadá. Esta classificação reflete uma sólida estratégia de diversificação. Além disso, mantemos uma presença significativa na Europa, com mercados como Espanha, Alemanha e países do Benelux contribuindo com uma participação estável.
Há alguma preferência por destinos específicos em cada mercado?
Sim, os americanos tendem a optar por produtos premium como Jamaica ou Aruba. Latino-americanos, especialmente argentinos, demonstram uma forte preferência pela República Dominicana, especialmente resorts como o Iberostar Hacienda Dominicus. Mantemos um equilíbrio saudável em todos os nossos hotéis para mitigar as flutuações na demanda.
Um dos seus produtos mais emblemáticos no Brasil é a Grande Expedição Amazônia. Você poderia detalhar em que consiste?
Este é um cruzeiro fluvial pela Amazônia com dois roteiros: três noites no Rio Solimões (sexta a segunda) e quatro noites no Rio Negro (segunda a sexta), ambos saindo de Manaus. Também pode ser combinado em um programa de sete noites. Enquanto Solimões oferece uma perspectiva mais cultural e humana, Negro se destaca por seus arredores naturais e experiências como observação de botos, excursões na selva e visitas a comunidades indígenas. É um produto único, com operação durante o ano todo.
Quais mercados estratégicos esse produto possui?
Tradicionalmente, temos uma forte presença no mercado brasileiro, mas nos últimos anos a demanda aumentou nos Estados Unidos, Canadá e Europa, especialmente Espanha, Portugal e Alemanha, graças à melhor conectividade aérea com Manaus. O interesse também cresceu na Argentina, Chile e Uruguai.
É um produto adequado para o segmento MICE?
Absolutamente. Em março, fizemos uma viagem corporativa com um grupo do Irã e também recebemos grupos do Extremo Oriente. Para as empresas, o roteiro de quatro noites é o mais popular, pois permite organizar atividades ao longo da semana. Oferecemos de três a cinco passeios anualmente exclusivamente para grupos corporativos.
Em um contexto de desaceleração de mercados como o dos EUA, como vocês estão gerenciando o impacto na demanda?
Sim, observamos um ligeiro declínio, influenciado por fatores econômicos e políticos, bem como pela sazonalidade. Entretanto, nosso mix de mercado nos permite compensar quedas. Além disso, segmentos como MICE, golfe, esportes, pickleball e casamentos mantêm uma demanda muito estável e crescente. Estamos adaptando nossas instalações para continuar atraindo esses grupos.