Quais são as expectativas do Uruguai para participar desta edição da WTM Latin America?
A expectativa, como sempre, é aproximar a oferta turística do Uruguai do público brasileiro e continuar aumentando, a longo prazo, o número de visitantes que recebemos deste país. Para nós, o Brasil é o segundo mercado mais importante, depois da Argentina, sem contar os uruguaios que vivem no exterior. Acreditamos que o Uruguai representa uma ótima opção para o turista brasileiro: oferecemos turismo de qualidade, com destinos que melhoram constantemente sua oferta, benefícios fiscais, sistema tax free, cassinos, enoturismo, turismo cultural... enfim, uma oferta diversificada e consolidada.
E como isso se traduz em ações concretas dentro do mercado brasileiro?
Sabemos que para alcançar um crescimento sustentado é essencial ter um plano de marketing operacional permanente neste mercado. Não basta ter uma boa oferta: é preciso estar presente, dar visibilidade e trabalhar com o trade e a mídia.
Eles estão começando uma nova gestão. O que representa essa participação na WTM dentro desse começo?
É, sem dúvida, uma das ações mais importantes deste início. Fortalecemos nossa presença com um estande maior e melhorias gerais. Tivemos a oportunidade de participar de diversas feiras nesses primeiros dias de gestão, antes mesmo de assumir completamente. Por exemplo, trabalhávamos em navios de cruzeiro, que também é um segmento muito importante para o Brasil. Participamos do Seatrade Cruise Global em Miami, estávamos em Santos com uma agenda de trabalho muito produtiva e agora estamos aqui em São Paulo. A promoção é uma prioridade para o Ministério do Turismo, mesmo enquanto avançamos com uma reestruturação interna. Mas o dia a dia também exige atenção, e esta feira faz parte desse compromisso.
Quais são os principais objetivos traçados desde o início desta nova etapa da gestão?
Eu poderia listar quatro linhas principais para você. Primeiro, o relançamento do turismo social, para garantir o direito ao lazer de setores específicos da nossa população. Segundo, o estímulo ao turismo doméstico. Terceiro, a melhoria da infraestrutura ligada aos navios de cruzeiro. E quarto, apoio às PMEs do turismo, que passaram por anos muito difíceis.
Que desafios você vê no atual contexto internacional?
Estamos monitorando de perto o impacto potencial da situação econômica global. Tensões comerciais e a chamada "guerra tarifária" podem afetar o turismo. É por isso que monitoramos de perto a situação em nossas duas principais economias emissoras: Argentina e Brasil. A ideia é antecipar cenários e, se necessário, desenhar ações para mitigar os impactos. Por enquanto, as mudanças estão dentro do esperado, por isso estamos buscando manter e até mesmo expandir os programas de benefícios para turistas.
E em termos de conectividade?
Conectividade é outra prioridade. Discussões estão em andamento no nível ministerial, tanto com companhias aéreas quanto com os principais participantes do setor, para melhorar as rotas e garantir o fluxo de turistas, especialmente em mercados prioritários. Isto é fundamental para sustentar e projetar o crescimento.
Você vai manter uma agenda ativa de eventos internacionais?
Definitivamente. Participamos de muitas feiras comerciais ao longo do ano, até mesmo com a presença do setor privado. Na próxima semana iremos para Lima, depois para os Estados Unidos e também estaremos presentes em mercados como Chile, Colômbia e Europa. A programação anual de feiras é intensa, mas é necessário manter uma presença forte em cada mercado. Somado a isso está todo o trabalho feito em marketing digital, publicidade e outros esforços promocionais internacionais.
O que você pode nos dizer sobre trabalhar com segmentos específicos em cada mercado?
Os mercados são claramente identificados e trabalhamos com ações específicas baseadas nos segmentos que mais nos interessam em cada um deles. É uma abordagem personalizada e estratégica.