Qual é o objetivo da sua presença na Seatrade Cruise Global 2025?
É muito importante para nós participar deste evento, principalmente porque podemos trabalhar no desenvolvimento do segmento de cruzeiros, colaborando diretamente com as companhias marítimas. Na Guiana Francesa, temos dois locais de destaque que queremos promover: o primeiro é Îles du Salut, um arquipélago localizado a 40 quilômetros da costa, e o segundo é o principal porto de Caiena. São lugares onde os visitantes podem desfrutar de uma experiência que combina natureza, cultura e gastronomia.
Que características únicas a Guiana Francesa oferece como destino turístico?
Além das nossas ilhas e paisagens naturais, temos uma atração única: o Centro Espacial Europeu, onde são realizados os lançamentos do Ariane. Isso nos permite oferecer uma combinação muito interessante de cultura, natureza e ciência. Nosso país faz parte da Amazônia Francesa, uma região com riquezas naturais comparáveis à Amazônia brasileira, mas com uma mistura cultural própria. Na Guiana Francesa, povos indígenas, como os ameríndios, coexistem com comunidades de diferentes partes do mundo. Isso cria uma diversidade que queremos compartilhar com os visitantes.
Como o interesse pelo turismo evoluiu no seu destino, especialmente desde a pandemia?
Após a crise da COVID-19, o turismo de natureza ganhou um valor especial. Hoje, mais do que nunca, as pessoas buscam destinos autênticos onde possam se reconectar com o entorno e vivenciar as culturas locais. A Guiana Francesa oferece exatamente isso. Temos três pilares que definem nossa oferta turística: natureza, cultura e ciência.
Qual a importância do mercado dos EUA, e da Flórida em particular, para você?
O mercado dos EUA, e a Flórida em particular, é muito interessante para nós. Hoje recebemos visitantes de países tão diversos como Polônia, Austrália, Inglaterra e Ásia. É por isso que estamos convencidos de que muitos viajantes dos Estados Unidos também encontrarão o tipo de experiência que procuram na Guiana Francesa. Nosso foco no turismo responsável, aliado ao valor agregado do centro espacial, nos permite atingir uma ampla gama de públicos.
Que tipo de ações você planeja continuar promovendo o destino neste ano?
Participaremos de mais feiras internacionais e também estamos focados em convidar profissionais do setor para visitar a Guiana Francesa. Sempre lembramos que somos uma região francesa na América do Sul, o que nos torna uma porta de entrada para a Europa nesta parte do mundo. Ao entrar em nosso país com um passaporte, você está entrando na França e na Europa.
Qual é a conectividade aérea atual com a Guiana Francesa?
Temos voos da Air France, conectando Caiena com cidades brasileiras como Fortaleza e Belém. A Air Caraïbes, outra companhia aérea francesa, também opera o serviço, e a Suriname Airways reabriu recentemente a rota entre Paramaribo, Caiena e Belém. Além disso, há uma nova conexão de Georgetown, Guiana, para Caiena, permitindo conexões com a Air Canada via Toronto. Esperamos abrir em breve uma nova companhia aérea para Macapá, Brasil, o que fortalecerá ainda mais a conectividade regional.
De quais países vem a maioria dos seus visitantes atualmente?
Principalmente da França e de outros países europeus. Muitos vêm para trabalhar, especialmente relacionado ao Centro Espacial, e depois retornam para fazer turismo. No caso de cruzeiros, também recebemos visitantes internacionais, incluindo americanos e canadenses.
Que mensagem final você gostaria de compartilhar com profissionais de turismo e potenciais viajantes?
A Guiana Francesa é um lugar onde você pode conciliar trabalho e férias. Muitas pessoas vêm por motivos profissionais — especialmente para o Centro Espacial — e depois decidem ficar mais alguns dias para explorar. Com nossa biodiversidade, riqueza cultural e papel estratégico como território europeu na América do Sul, temos tudo para nos tornar um destino imperdível para o viajante moderno.