Nesse contexto, a Travel2latam conversou com Bruno Reis, Diretor de Marketing, Negócios e Sustentabilidade da Embratur.
Quais são as expectativas e objetivos com os quais o Brasil está presente aqui no IBTM?
Estamos bastante otimistas porque o segmento de turismo de negócios e eventos é muito estratégico para nós. Especificamente nesta feira, temos um posicionamento incentivado, por isso lançamos uma vitrine de incentivo no Brasil, mas também viemos estender o apoio ao evento inVOYAGE Rio 2025 , que acontecerá no Rio de Janeiro em fevereiro, onde mais serão apresentados os 90 incentivos e compradores globais que virão ao Brasil.
Então, dentro do segmento MICE, já temos muita consolidação, com reuniões, congressos e eventos, e queremos uma estratégia voltada para incentivos, para que o Brasil possa se posicionar de uma forma que possa incentivá-los.
Estamos aqui com 20 co-expositores, a maioria empresas de recepção internacionais, redes hoteleiras e também destinos, que fazem negócios durante os três dias de feira.
É um investimento muito importante, é um stand muito maior…
Sim, entendemos que existe uma demanda para o Brasil no curto, médio e longo prazo, então em 2025, 2026, 2027, 2028 o Brasil estará no foco de grandes eventos. O G20 está acontecendo neste momento no Rio de Janeiro, temos o BRICS no próximo ano, e a Copa do Mundo de Futebol Feminino será realizada no Brasil em 2027. Isso posiciona mais uma vez o país como um grande portfólio para a realização de qualquer tipo de evento , em qualquer lugar do país.
Também muitos sul-americanos acabam viajando ao Brasil para participar desses grandes eventos. Então estamos provando mais uma vez que temos estrutura para qualquer tipo de evento.
Quais destinos você acha que tiveram forte crescimento no Brasil este ano?
Para o segmento MICE especificamente, vejo o posicionamento de Foz do Iguaçu comercialmente muito agressivo e que dará frutos no curto prazo. Destinos consolidados como Rio e São Paulo também aparecem sempre no nosso ranking, mas o Nordeste apareceu e acho que é um trabalho estratégico das convenções. A convenção em Fortaleza, a convenção em Recife, Porto de Galinhas e Natal.
Acredito que no futuro as convenções do Nordeste continuarão a se posicionar cada vez mais para esse segmento.
Esta é a última convenção que você realiza em 2024?
Tem mais dois eventos que são de nicho, que é o IRTM em Cannes, onde o Brasil vai pela segunda vez com um estande com 10 co-expositores para falar sobre luxo. Isso é bastante estratégico para nós, é um segmento que também queremos crescer rumo a 2025. Além disso, participaremos agora com a Tânia Neres, que é nossa coordenadora de Afroturismo, no Black Travel Summit que acontecerá, se eu estiver não me engano, em Fort Lauderdale no final de novembro.
Como você acha que foi o ano de 2024 em termos gerais?
Com muitas lições aprendidas, especificamente com a nossa estratégia bem-sucedida de colocar produtos e nichos nos mercados certos, com os canais certos. Acho que em 2024 ficou demonstrado que devemos fazer campanhas mais segmentadas porque funcionam melhor. O crescimento, inclusive, de algumas rotas aéreas diretas que ligam o Brasil internacionalmente também foi muito frutífero, a partir do Chile, Colômbia e Peru foram acrescentadas rotas que não existiam. Paris liga agora com Salvador, com a Air France, Lisboa com Belém e Manaus com a TAP, portanto são rotas que também permitirão que o turismo internacional chegue diretamente a outros pontos do país.
É também um aprendizado importante saber descentralizar a forma como os turistas nacionais chegam ao nosso país, e representa uma grande oportunidade de divulgar nossos seis biomas, pois a partir daí obtemos o poder que o Brasil tem.