Crescimento significativo do tráfego aéreo na ALC: fechará 2024 com 773 milhões de passageiros

Os dados foram divulgados durante o principal evento aeroportuário da região, que este ano acontece em Guadalajara, no México

(Source: ACI-LAC)

A região da América Latina e Caribe deverá terminar 2024 com um volume de tráfego aéreo de 773 milhões de passageiros, um aumento de 5,5% em relação a 2023 e de 12,4% em relação a 2019, período pré-pandemia de Covid-19. A previsão é que, este ano, o tráfego doméstico cresça 14% e que o tráfego internacional cresça 6% em relação a 2023. A informação foi apresentada esta segunda-feira, durante a Assembleia, Conferência e Exposição Anual da ACI-LAC (ACI-LAC Annual Assembly Conference & Exhibition), que acontecerá até amanhã (12) em Guadalajara, no México.

Os dados apresentados informam ainda que, em 2024, o tráfego aéreo na América Latina e nas Caraíbas representará 8% do volume global, que deverá atingir 9,5 mil milhões de passageiros.

Até 2025, a tendência é positiva: estima-se que a região receberá 796 milhões de passageiros, o que equivale a um crescimento de 6,4% face a 2024 e de 15,8% face aos níveis de 2019.

Durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira, Rafael Echevarne, Diretor Geral da ACI-LAC, reforçou a importância da aviação em uma região como a América Latina e o Caribe, onde existem países com grandes territórios e geografias diferentes e complexas. Echevarne destacou que, diante da perspectiva de crescimento contínuo do tráfego aéreo na região, é fundamental manter os investimentos em infraestrutura e melhorar os padrões de qualidade nos aeroportos.

“Com o crescimento do tráfego esperado nos próximos anos, devemos estar preparados para atender novos passageiros, melhorar a infraestrutura aeroportuária e construir novas. “A ACI-LAC também está trabalhando com a ICAO para garantir que todos os nossos aeroportos membros tenham infraestrutura e certificação de segurança, além de trabalhar com os governos locais para atingir esses objetivos.”

A conferência de imprensa destacou também os significativos investimentos em tecnologia que os aeroportos da região têm feito, não só para facilitar as viagens, mas também para melhorar a segurança de toda a operação aeroportuária. Mónika Infante, presidente do Conselho de Administração da ACI-LAC e CEO da AEODOM, destacou a necessidade de planejar esses investimentos para o melhor aproveitamento dos recursos e obtenção de melhores resultados.

“A mensagem é que é preciso haver colaboração entre o setor público e as operadoras para garantir fluxos ágeis. Vamos seguir o mesmo caminho e trabalharemos sempre para que os passageiros tenham a melhor experiência.”

O Diretor Geral do Aeroporto Internacional de Guadalajara, Martín Zazueta, reforçou o alinhamento dos aeroportos que fazem parte do Grupo de Aeroportos do Pacífico com o trabalho desenvolvido pela ACI-LAC.

“Nos aeroportos GAP desenvolvemos um compromisso com a melhoria contínua dos nossos serviços, não só para garantir uma experiência excepcional aos nossos passageiros, mas também para promover o desenvolvimento económico do México. Trabalhamos para dotar nossos aeroportos de ótimas condições que favoreçam tanto o intercâmbio comercial quanto nossa posição estratégica como centros de conexões aéreas internacionais, atraindo companhias aéreas interessadas em investir no país. O potencial é enorme”, disse Zazueta.

Desafios comerciais, ambientais e operacionais são destaques do primeiro dia da agenda acadêmica do congresso

A abertura da agenda acadêmica da Assembleia e Conferência Anual ACI-LAC 2024 contou com a presença de Mónika Infante, presidente do Conselho de Administração da ACI-LAC, do diretor geral da ACI World, Justin Erbacci, Rafael Echevarne, diretor geral da ACI-LAC LAC, e Raúl Revuelta Musalen, Diretor Geral do Grupo Aeroportuario del Pacífico (GAP), anfitrião do evento.

O painel de abertura da conferência reuniu CEOs de importantes aeroportos da região que compartilharam suas experiências sobre os desafios do crescimento do tráfego aéreo e da melhoria da experiência dos passageiros em seus países. Mónika Infante, CEO da AEODOM, Ricardo Gesse, CEO do Zurich Airport Brasil e Juan José Salmón, CEO do Lima Airport, destacaram a importância da colaboração entre aeroportos e companhias aéreas, dos investimentos em ações de economia circular e da necessidade de um diálogo transparente com o poder público para melhorar as concessões aeroportuárias.

Outros painéis realizados ao longo do dia abordaram temas como novas tendências em controle de tráfego aéreo, incluindo torres de controle remoto; o que a indústria já está implementando e o que está prestes a entrar em operação no mercado em resposta às mudanças climáticas, como a distribuição de combustíveis sustentáveis ​​de aviação (SAF) e a operação de eVTOL; tendências nas receitas comerciais nos aeroportos, como oportunidades em salas VIP e lojas de varejo, e as perspectivas de liberação do tráfego aéreo na região e impactos no crescimento do mercado. 

Fonte: ACI-LAC.


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