O reconhecido evento líder da Indústria de Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições na América Latina e no Caribe aconteceu no Centro de Convenções do Panamá, na Cidade do Panamá, até 13 de junho. Neste contexto, a Travel2latam conversou com Arnaldo Nardone, Diretor do Fiexpo Exhibitions Group e Presidente Mundial da ICCA.
Que reflexão você pode contribuir sobre o que foi vivenciado nesta edição tão especial, que é a última no Panamá?
Sim, é uma edição muito especial. Eu falei na cerimônia de abertura, é aquele sentimento de tristeza e alegria. Por um lado, a alegria do legado que se deixa no Panamá nestes três anos, que é tangível, e que os próprios locais reconhecem e sem dúvida reiteram permanentemente, comparando o que foi em 2022 e o que se tornou em 2024. Hoje, podemos falar sobre o Association Hub, a instalação do escritório regional do ICCA para esta área no Panamá, e suas principais referências, como Fernando Fondevila ou Eugenia Powell.
Também viram de perto a infraestrutura de serviços que o Panamá possui. Ou seja, o saldo é extremamente positivo para o Panamá e extraordinário para nós, porque o Panamá deixou a sua marca e estabeleceu um patamar para outros destinos. Houve uma melhoria notável na apresentação dos destinos. Quando forjamos a criação da Fiexpo, pensamos em um lugar onde haveria colaboração, mas também haveria aquele tipo de competição, onde todos pudessem ver o que estavam fazendo para se aprimorar. Além de sermos a maior plataforma de negócios, educação e networking, tratava-se também disso. Acredito que conseguimos. Além disso, comparecem todas as entidades globais representadas por seus presidentes e CEOs, o que gera uma troca única de conhecimento. Hoje os destinos estão se profissionalizando cada vez mais para conseguir aquela vantagem competitiva que precisamos com outras regiões, principalmente quando pensamos no mercado internacional.
Talvez a maior satisfação que temos é que crescemos, o Panamá cresceu e tem grandes benefícios e há legados para ambos os lados. Vamos para a Costa Rica, para a capital San José e vamos país por país deixando um legado de crescimento e profissionalismo que anda de mãos dadas com o negócio e que acaba por contribuir para um balanço final bom e mais competitivo. Tenho testemunhado como todos voltam para casa felizes com muitas tarefas para fazer. E por outro lado, estão interessados em formatos alternativos à Fiexpo como o Motivation Luxury Summit, que nasceu da confiança que depositaram em nós e quando o produto foi lançado foi imediatamente aceite. Na primeira edição a gente já sabia que era um super evento para quem trabalha com incentivos e viagens de luxo.
É muito importante destacar que somos parceiros da UFI, União Internacional de Feiras que aqui também participa como nação especializada. Somos uma feira auditada pela UFI, o que significa que os nossos números foram verificados por uma empresa de auditoria externa, dando-nos as nossas próprias garantias do que dizemos.
Como você trabalha para renovar os compradores que trazem evento a evento e surpreender os expositores para que todos possam gerar negócios a cada edição?
Há uma mistura muito importante aqui. São três gerações trabalhando nesta equipe. É uma equipe diversificada e multicultural. Temos gente do México, do Uruguai, do Brasil, mas o mais importante é mundial. É escolhido o Pesquisador do Mês, que fez a melhor busca por eventos e compradores do mundo. A vencedora do mês de fevereiro foi a Cintia, nossa Head de Pesquisadores e Compradores, o que mostra que essa equipe é profissionalizada e sabe o rumo que deve tomar.
E se você me perguntar, sou presidente mundial da ICCA, já estive em todas as entidades mundiais, conheço esse setor, quando você me perguntar posso contribuir com minha experiência, para onde devemos ir, porque às vezes as aparências enganam. Todas essas variáveis nascem entre bons pesquisadores, e por outro lado, são acompanhadas por autoridades importantes, destino por destino, porque o desafio não é só trazer compradores, o desafio é que quando eles chegarem possam negociar de mãos dadas com verdadeiras autoridades que tomam decisões. O mesmo que no fórum político, onde se discute seriamente a indústria e se tenta fazer tudo, porque houve acordos de colaboração, troca de conhecimento e compreensão do que significa este negócio.