A Mabrian, uma empresa líder em inteligência turística, partilhou os resultados de um novo estudo sobre o impacto da aviação na pegada de carbono e na sustentabilidade do turismo dos destinos turísticos europeus em 2023, durante a sua participação numa sessão virtual organizada pela ONU Turismo e pela European Travel Commission (ETC) sobre a medição da pegada de carbono do setor do turismo.
O estudo fornece uma visão detalhada de vários aspectos importantes, incluindo os principais indicadores da pegada de carbono gerada pelos visitantes que viajam de avião, a relação entre esta pegada e as receitas turísticas do destino, e a dependência dos destinos dos mercados de origem e da distância a estes mercados. Além disso, é examinado o impacto dos voos de longo curso e são fornecidos dados específicos sobre a contribuição da aviação para as emissões de CO2 na indústria do turismo.
Assim, Mabrian revela que, na Europa durante o ano de 2023, os países que contribuíram significativamente para as emissões de CO2 relacionadas com a aviação incluem, nesta ordem, o Reino Unido, Alemanha, Espanha, Rússia e França. Estes países são responsáveis por uma parcela considerável do total de emissões de CO2 geradas pelo turismo, com base em dados de voos de entrada para estes países, independentemente da sua origem. Fechando a lista dos 10 principais países em volume de CO2 gerado estão países como Itália, Holanda, Suíça, Portugal e Grécia.
Especificamente, em 2023, o Reino Unido liderou o ranking com 31,4 milhões de toneladas de CO2 geradas, representando 18% do total de emissões. Seguiram-se Alemanha e Espanha, com 20 milhões de toneladas cada, ambas com uma participação de 12% nas emissões totais na Europa.
A Rússia e a França ficaram em quarto e quinto lugar, contribuindo com 18 milhões de toneladas, o equivalente a 10% cada. A Itália ficou em sexto lugar com 13 milhões de toneladas (7%), seguida pela Holanda com 9 milhões de toneladas (5%). Suíça e Portugal partilharam o oitavo e nono lugar, gerando 6 e 5 milhões de toneladas respetivamente, cada um representando 3%.
A Grécia fechou a lista com 4 milhões de toneladas, contribuindo com 2% do total de emissões de CO2.
Destaca-se a variação significativa nas emissões geradas em relação a 2022, aumentando 16%. Especialmente notável em alguns países como o Reino Unido com um aumento de 24,20%, seguido da Itália com um aumento de 22,69%, e da França com um aumento de 15,93%.
De acordo com os dados analisados, em 2023 o setor da aviação gerou cerca de 172 milhões de toneladas de CO2 na Europa, o que equivale a 4% do total de CO2 gerado no continente, segundo estimativas da União Europeia. Para compensar esta pegada de carbono, estima-se que sejam necessárias 7 mil milhões de árvores por ano, o que representa 11% da massa florestal total da Europa, segundo estimativas da União Europeia e o relatório da consultora Encon.
Fonte: Belvera Partners.