Este valor superou não só o volume de passageiros de janeiro de 2023, mas também o pico registado em julho do ano passado.
Em janeiro, foram transportados 41,7 milhões de passageiros na região, de e para a região, destaca o Relatório de Tráfego de Passageiros, elaborado pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA).
"O relatório deste mês reflecte um início de ano espectacular. O aumento das frequências de voo e da capacidade oferecida tanto no mercado nacional como no mercado internacional sublinham o potencial de crescimento contínuo dos nossos países no que diz respeito a um serviço essencial. Estes dados dizem-nos que 2024 é parece ser um ano promissor para a região", disse José Ricardo Botelho, diretor executivo e CEO da ALTA.
A oferta de lugares também registou um crescimento, atingindo 51,2 milhões de lugares disponíveis, mais 5% face a 2023. Destaca-se o crescimento no mercado internacional, com um aumento de 15,7%, enquanto o mercado interno registou uma redução de 3,5%.
“Os números positivos do tráfego de passageiros de Janeiro não são apenas um indicador de um sector em expansão, mas também um alerta sobre a importância de promover o desenvolvimento da aviação na nossa região. Neste momento positivo, é essencial estabelecer um ambiente propício que proporcione segurança jurídica, previsibilidade e competitividade necessárias para o crescimento contínuo da aviação. Estes números são um lembrete de que a aviação não é apenas um meio de transporte, mas também uma indústria vital que requer atenção e apoio para prosperar e contribuir plenamente para o progresso da nossa região”, lembra Botelho.
Mercado doméstico
A Venezuela se destacou como um dos países com maior crescimento no mercado interno. Com um movimento de 199.291 passageiros, atingiu um aumento de 36% em relação a 2023. Por sua vez, o Chile registou um aumento significativo de 21% no tráfego doméstico, acrescentando 1,7 milhões de passageiros.
O Brasil registrou uma movimentação de 8,1 milhões de passageiros, atingindo 98% do volume de tráfego observado no mesmo período de 2023. O mercado interno da Colômbia, por sua vez, cresceu 2% em relação a 2023, transportando um total de 2,8 milhões de passageiros, dados representam uma ligeira desaceleração face a dezembro, quando se registou um crescimento de 4%.
O México registou uma diminuição de 3% no número total de passageiros transportados, atingindo 4,8 milhões. Este valor sinaliza a continuação da tendência de desaceleração, após a redução de 1% no mercado interno observada em dezembro.
“Desde junho de 2023, o mercado interno mexicano enfrenta desafios devido às inspeções exigidas para motores GTF, o que resultou na paralisação temporária de algumas aeronaves durante a realização das inspeções. Além disso, após o recente regresso do México à Categoria 1 pela FAA, as companhias aéreas locais conseguiram aumentar a capacidade oferecida aos Estados Unidos, reflectindo um esforço para expandir a sua presença e serviços neste importante mercado”, explica o relatório.
Mercado internacional
Também foi notável o aumento do tráfego internacional na região, com um aumento de 14%, representando 20,3 milhões de passageiros. A Venezuela voltou a destacar-se nesta área com um aumento de 58%, sendo Caracas-Madrid (+33%) a rota com maior crescimento. A Colômbia também demonstrou um crescimento significativo, transportando 1,9 milhões de passageiros internacionais, representando um aumento de 30% em relação a janeiro de 2023, e 457.939 passageiros adicionais. O Brasil, da mesma forma, experimentou um aumento de 26% no número de passageiros internacionais, atingindo 2,3 milhões.
Divisão de tráfego:
Mercado Interno: 21,4 milhões de passageiros (+1,8%)
Mercado Internacional: 20,3 milhões de passageiros (+14%)
Intrarregional: 4,8 milhões de passageiros (+17,5%)
Extrarregional: 15,5 milhões de passageiros
Crescimento por país:
Venezuela: +36% (nacional) / +58% (internacional)
Belize: +49% (doméstico)
Chile: +21% (doméstico)
Colômbia: +30% (internacional)
República Dominicana: +13% (internacional)
Argentina: +33% (internacional)
Outros indicadores:
Demanda (RPK): +10,4%
Oferta (ASK): +5,2%
Fator de Ocupação: 85,4% (+4,9%)
Fonte: ALTA