ACI-LAC apresenta previsões de tráfego aeroportuário para a América Latina e o Caribe até 2052

Dados mostram que o tráfego de passageiros nos aeroportos da América Latina e do Caribe aumentará 2,4 vezes em três décadas (geral)

(Source: Twitter @ACI\_LAC)

O Conselho Internacional de Aeroportos da América Latina e do Caribe (ACI-LAC) publicou projeções de tráfego aeroportuário para a região no período 2023-2052, com base no relatório ACI World Airport Traffic Forecasts 2023-2052 e em dados preliminares de tráfego em 2023. .

Projeções de tráfego aeroportuário

Em 2052, espera-se que 1,79 mil milhões de passageiros utilizem os aeroportos da América Latina e das Caraíbas, contra 740 milhões em 2023. Em 2052, a região será responsável por 7,3% do tráfego global de passageiros, abaixo dos 8,5% do ano de 2023. Isto é devido ao grande crescimento esperado na região Ásia-Pacífico, que passará dos 34,5% atuais para 46,2% em 2052. O total de passageiros globais em 2052 deverá ser de 24.487 milhões, em comparação com os atuais 8.692 milhões.

Estima-se que o tráfego de passageiros na América Latina e no Caribe aumente 2,4 vezes até 2052 em relação aos níveis atuais. Segundo a projeção, os cinco mercados mais importantes serão México (484 milhões), Brasil (425 milhões), Colômbia (232 milhões), Argentina (134 milhões) e Peru (130 milhões).

De acordo com as projeções de tráfego da ACI-LAC, a estimativa é que o tráfego de passageiros na América Latina e no Caribe em 2032 ultrapassará um bilhão de pessoas, sendo os cinco países com maior tráfego aéreo o Brasil (305 milhões), o México (266 milhões), Colômbia (140 milhões), Argentina (72 milhões) e Peru (68 milhões).

Até 2024, a previsão é que o tráfego aeroportuário seja de 795 milhões de passageiros. A expectativa é que os cinco países com maior volume de passageiros transportados sejam Brasil (230 milhões), México (196 milhões), Colômbia (105 milhões), Argentina (49 milhões) e Peru (42,6 milhões). 

Este ano, o tráfego internacional na América Latina e no Caribe deverá representar 31% do tráfego aéreo total na região. A percentagem de tráfego internacional nos cinco principais mercados deverá ser a seguinte: México (32%), Chile (31%), Argentina (26%), Peru (23%), Colômbia (21%) e Brasil (10,8%) .%).

“Apesar de ser a região que se recuperou mais rapidamente após a pandemia, espera-se que a América Latina e o Caribe experimentem um crescimento abaixo da média global nos próximos anos. Entre 2023 e 2032, a taxa média acumulada de crescimento (CAGR) deverá ser de 4,4%, contra uma média global global de 5,8%. Um ponto que merece destaque são as perspectivas para o Brasil. O país deverá continuar a ser o primeiro maior mercado até 2032, apesar de ter a menor percentagem de passageiros internacionais na América Latina e nas Caraíbas e entre os países BRIC (média de 14%). Esses dados apontam para o enorme potencial do mercado aéreo brasileiro para o tráfego aéreo internacional”, disse o Dr. Rafael Echevarne, Diretor Geral da ACI-LAC.

Resultados de 2023

Dados preliminares de tráfego de 2023 coletados pela ACI em 217 aeroportos na América Latina e no Caribe mostram que o total de passageiros na região cresceu 12% de 2022 a 2023. O crescimento no período estendido, de 2019 a 2023, foi de 5,9%, demonstrando que a ALC foi a região do mundo com maior recuperação no tráfego de passageiros pós-pandemia. Na verdade, a nossa região é a única a nível mundial com tráfego internacional e doméstico acima dos níveis de 2019. Globalmente, o tráfego de 2023 ainda estava 6,2% abaixo de 2019, mas 27,2% abaixo de 2022.

Segundo dados do Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil, o país registrou uma redução no tráfego aéreo entre 2019 e 2023 de 4,5%, porém apresentando uma recuperação satisfatória no ano passado, registrando um crescimento de 13,4%.

Entre os principais aeroportos do país, dois já superaram os níveis de 2019: o Aeroporto Santos Dumont (+25%) e o Aeroporto Internacional de Campinas/Viracopos (+16%). O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, o maior do Brasil, ainda permaneceu 4% abaixo dos níveis pré-pandemia da Covid-19; O Aeroporto de Congonhas, o segundo em tráfego aéreo, atingiu 98% em relação a 2019.

Sobre os resultados, Rafael Echevarne, Diretor Geral da ACI-LAC, afirmou que “2023 se consolidou como o ano de recuperação do tráfego aeroportuário na América Latina e no Caribe, quando todos os países da região superaram os níveis do ano anterior. A maioria dos mercados já está acima do tráfego pré-pandemia e, até 2024, espera-se que todos terminem com tráfego acima dos níveis de 2019.”


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