Embratur aposta forte no mercado europeu na ITB Berlin

A importante feira de turismo global acontece na Messe Berlin, apresentando as últimas novidades de destinos alemães e internacionais e de empresas de diversos setores do turismo

(Source: Travel2latam)

Nesse contexto, a Travel2latam conversou com Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Que expectativas você tem em relação à ITB Berlin? 

É uma das feiras mais importantes do mundo. Há aqui uma presença muito forte de todo o mundo e a Embratur atende com 52 expositores, o Brasil está muito presente. Temos muito interesse no mercado alemão porque é um dos países que mais envia turistas na Europa e o terceiro no mundo, e esses turistas vêm para o Brasil, mas podem chegar em números muito maiores. Tivemos um aumento de 2022 para 2023, de 31% do público alemão para o Brasil. Mas ainda assim sabemos que pode ser muito mais significativo, porque há uma grande parte da população alemã que viaja muito em busca de sol e praia, que é o que temos.

O Brasil pode oferecer uma praia deserta, ou uma praia como a do Rio de Janeiro. E além disso oferece cultura, gastronomia, natureza e tem muita diversidade. Então essa aproximação com agências, operadoras e com o mercado alemão é muito importante para nós. 

Como se relacionam com o resto dos mercados na Europa?

A França está em primeiro lugar, Portugal em segundo e a Alemanha em terceiro. Mas a Alemanha é geralmente o país da Europa que mais turistas envia para o estrangeiro. Então achamos que há muito potencial de crescimento aqui, especialmente considerando o que o Brasil oferece. 

O que há de novo em termos de investimentos turísticos?

Temos trabalhado muito com a gastronomia como atrativo, porque ela tem uma relação muito forte com a cultura. Então quando você fala de gastronomia na Bahia, você está falando de uma cultura africana que está muito presente por lá. Quando falamos em culinária mineira, é uma gastronomia que tem a ver com tudo o que aconteceu no século XVIII com a mineração, a escravidão, a união e a formação das primeiras cidades brasileiras. Quando se fala em culinária sulista, implica colonização. Já a gastronomia amazônica tem a ver com as populações indígenas e a cultura florestal. 

Estamos promovendo muito a diversidade brasileira. E o afroturismo é um dos temas desta diversidade em que temos feito um grande investimento. Trabalhamos com galerias Roadshows e Visit Brasil, e estamos em todas as feiras internacionais. Há um investimento para promover o Brasil em um momento muito favorável. 

Em 2023, o país voltou ao patamar de turismo internacional de 2019 e teve o maior faturamento de todos os tempos, superando o turismo internacional no período da Copa do Mundo de 2014. O Brasil passou por uma Copa do Mundo, uma Olimpíada, Dia da Copa do Mundo. grandes acontecimentos mundiais. 

Isso indica que vocês têm atualmente uma capacidade hoteleira muito grande e diversificada em todas as regiões… certo? 

Exatamente. Até acolhemos muito bem o turismo de luxo. Temos capacidades muito diferentes, desde hotéis muito sofisticados e seletivos até algo mais massivo e popular que é possível pagar por qualquer tipo de bolso. A capacidade do Brasil é vasta. 

Você está trabalhando em conectividade?

Sim, esse é o nosso maior desafio. Temos três empresas que operam no Brasil: Azul, Latam e Gol, mas temos muitos voos internacionais. A TAP, por exemplo, é uma empresa que voa para 11 estados diferentes do Brasil e todas as regiões brasileiras. A Lufthansa voa para Rio e São Paulo. E já nos recuperamos do período pré-pandemia, então agora todos os nossos esforços são para ampliar o número de empresas que voam para o Brasil, queremos que as companhias aéreas tenham mais voos.

Em relação aos visitantes internacionais, vocês têm atualmente uma projeção para 2024?

A projeção para este ano é de 6,8 milhões de turistas internacionais.


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