Neste contexto, a Travel2latam teve a oportunidade de conversar com Verónica Pardo Lagos, Subsecretária de Turismo do Chile.
Quais as primeiras impressões da participação do Chile na Fitur?
Estamos super felizes. Este ano em particular é o primeiro que chegamos à Fitur com a nossa estratégia de marketing atualizada que nos permite falar de “Chile, uma viagem infinita”, mostrando 5 macrozonas absolutamente diferentes, que respondem pela nossa riqueza e biodiversidade continental. Esse novo estande também fala disso, sabemos que estamos fazendo um trabalho de posicionamento. Queremos desenvolver-nos como um destino de natureza, que atraia um perfil turístico que nos alcança cada vez mais. A boa notícia é que quem vem ao Chile fica mais tempo e gasta mais porque o destino tem perfil de turismo de aventura, esporte e experiência.
Quais são os planos ou objetivos para este ano?
Acabamos de finalizar uma estratégia de 10 anos para o turismo sustentável, o objetivo era posicionar-nos como um destino de natureza sustentável. Hoje incorporamos sustentabilidade como sinônimo de natureza. Estamos a trabalhar muito neste sentido, com base no que o Presidente da República nos pediu, mantendo a convicção de que cada território tem de tomar as rédeas do seu desenvolvimento turístico. A nossa estratégia foi feita nessa perspectiva de descentralização, permitindo-nos posicionar estas 5 macro zonas que temos da estratégia de marketing internacional com as suas diferenças absolutas.
E que previsão vocês têm para o número de turistas internacionais nesta temporada?
Para esta temporada precisamos de atingir números que ultrapassem os 4.600.000 visitantes, que esperamos este ano. Somos o país mais distante, temos céu aberto e isso nos fez perder muitos voos. E ao contrário de outros países que os recuperaram rapidamente, a situação atingiu-nos com mais força, mas recuperámos vários voos. No entanto, o regresso ao número de turistas não foi tão rápido como gostaríamos. Positivamente, os turistas que vão ao Chile ficam mais tempo e gastam mais. Portanto, estamos atingindo, em média, a quantidade de divisas que tínhamos antes da pandemia, com muito foco no turismo.
Além disso, o turismo MICE está crescendo muito no Chile…
Exatamente, temos várias conferências este ano que são relevantes. O Turismo Antártico vai ser feito no nosso país, sendo sede do turismo e da sustentabilidade, e nós seremos destino de turismo de natureza, com o Congresso da ATA. Com efeito, temos vindo a assumir a liderança aos poucos, ainda não somos a primeira capital, mas quero disponibilizar todas as possibilidades e capacidades do nosso país para receber organizações e eventos de todo o tipo.