Mapear experiências e destinos, qualificar a cadeia de serviços e promover o afroturismo brasileiro dentro e fora do país. Esses foram os principais objetivos de um encontro que reuniu, nesta quinta-feira (31), representantes da Embratur, dos Ministérios do Turismo (MTur) e da Igualdade Racial (MIR), plataforma digital de promoção do Afroturismo, da Diáspora. e do Inter. -Banco Americano de Desenvolvimento (BID) – este último sediará o evento, realizado em Brasília.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que o afroturismo é prioridade para a atual gestão da Agência. “O afroturismo é o eixo central da estratégia da Embratur para promover novos produtos. É um segmento compatível com o que o século XXI exige de nós: sermos antirracistas, valorizarmos e respeitarmos a cultura do povo negro. Precisamos pensar o afroturismo nesse aspecto subjetivo, de resgate da história e de valorização da cultura, mas também como um grande negócio, que gera emprego e renda, e empodera empreendedores negros”, comentou.
A Embratur tem investido no afroturismo como um dos carros-chefe da nova gestão. No início do ano, o presidente Freixo criou a coordenação de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas. No encontro, a coordenadora do tema na Agência, Tania Neres, afirmou que o afroturismo é, sim, um produto de exportação.
“O afroturismo faz parte das campanhas da Embratur. Não estamos falando apenas de visitar locais de referência para eventos negros, mas também de experiências em quilombos, terreiros, escolas de samba, blocos afro, festivais de música e artes. Falamos das memórias do nosso país, mas também do que construímos no presente e do que projetamos para o futuro. Hoje, turistas de todo o mundo querem conhecer esses roteiros”, afirmou.
Fortalecendo o Afroturismo
No encontro, os participantes reforçaram a importância do Afroturismo brasileiro como resgate da ancestralidade e da diversidade. “Valorizar a diversidade é uma das formas de desenvolver a América do Sul e o Caribe. O afroturismo visa valorizar a cultura e a história do povo brasileiro e também é um importante instrumento no combate ao racismo”, disse Tania.
Antônio Pita, cofundador da Diaspora.Black, startup negra de turismo e cultura presente em 45 países, considera o encontro de grande importância. “O evento de hoje significa muito para os atores do afroturismo. “Estamos reunidos para garantir que o afroturismo prospere através da sua promoção, fazendo com que a economia avance na direção da geração de empregos e renda.”
Para a diretora de Articulação Interfederativa do Ministério da Igualdade Racial, Isadora Bispo, o debate no encontro ajuda a fortalecer e alinhar políticas de promoção do afroturismo entre os entes federativos.
“O que temos que pensar é se o afroturismo está alinhado com o que temos no Brasil e como podemos melhorar essas experiências. O Turismo é parceiro no desenvolvimento das comunidades negras e dos empreendedores. “É uma forma de reparação histórica”, destacou.
Ao final, representantes da Embratur, MTur, MIR, Diáspora.Black e BID elaborarão um documento com propostas de ações estratégicas para promover o afroturismo e como elas podem contribuir para a promoção desses roteiros.
Fonte: Embratur.