O vice-diretor-geral da IATA, Conrad Clifford, disse:
“É uma boa notícia que a OMS tenha reconhecido formalmente que a COVID não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Decisões recentes, por exemplo, dos governos da China e dos Estados Unidos para relaxar as últimas restrições de viagem do COVID restantes, são evidências de que o mundo está fazendo o possível para voltar ao normal. Mas é importante que nunca esqueçamos o desastre terrível que foi a pandemia. Acima de tudo, foi uma tragédia para famílias que perderam entes queridos, mas também foi um desastre econômico e social de proporções e consequências que ainda precisam ser bem compreendidas. É por isso que é tão importante aprender as lições dessa pandemia para garantir que estejamos mais bem preparados para administrar futuras emergências de saúde com muito menos destruição de vidas e meios de subsistência.
Do ponto de vista das viagens, sabemos que a falta de base científica, consistência ou comunicação clara das restrições impostas pelos governos fez com que muitas delas tivessem pouco impacto na propagação do vírus, mas agravou a miséria causada a milhões de pessoas que não podiam mais visitar suas famílias ou cuidar de seus negócios. E para a aviação, isso significou milhões de empregos em risco e conectividade aérea global atrasada em anos. Portanto, é importante que os governos prestem atenção às lições da COVID – o que funcionou e o que não funcionou. As decisões tomadas durante a próxima emergência global de saúde pública devem ser consistentes, fundamentadas na ciência, avaliadas pelo risco e bem comunicadas.
Da mesma forma, reconhecendo o papel vital que a aviação desempenhou para garantir a circulação de vacinas, remédios, equipamentos e profissionais médicos, os governos devem fazer todos os esforços para manter a conectividade aérea global e as cadeias de suprimentos e designar o pessoal da aviação como trabalhadores-chave, em vez de ficarem sujeitos a severas restrições de quarentena.
Uma melhor preparação exigirá uma colaboração mais eficaz, por exemplo, entre os governos e a indústria e entre os setores da aviação e da saúde. A IATA está empenhada em trabalhar com parceiros globais, incluindo a OMS e a ICAO, para implementar novas melhores práticas e orientações e garantir uma abordagem mais resiliente e bem-sucedida para gerenciar e proteger a saúde pública e o bem-estar nos próximos anos”.