Como entrelaçar a cultura oriental e seus atrativos imperdíveis com o coração da América do Sul? Poderíamos ficar no bairro Libertade, em São Paulo, mas a parada se estende até o número 52 da famosa Avenida Paulista: Japan House. E a apenas 700 metros dali, o Tivoli Mofarrej surge como um autêntico oásis urbano no exclusivo bairro dos Jardins, estabelecendo uma viagem de ida e volta que lhe permitirá desfrutar de um fim-de-semana cultural e gastronómico.
Entre arte e luxo
A atração de celebridades, chefes de estado e membros da realeza -o Rei da Suécia, sem ir mais longe- se baseia não apenas nos 217 quartos de um hotel de 5 estrelas -entre os quais a maior suíte presidencial da América America-, mas também em uma proposta exclusiva: o projeto Tivoli Art, que desde 2016 abraça movimentos artísticos.
Nesta ocasião, uma exposição de Gregory Fink, o renomado artista inglês que terá um acervo fixo cuja inspiração está na literatura clássica mundial e também na música, principalmente óperas e sinfonias.
Inspirado em pintores como Fra Angelico, Pablo Picasso, Modigliani, Gustav Klimt e Marc Chagall, Fink se destaca por suas cores, suas formas e uma técnica única, utilizando tinta com folhas de ouro e prata. O resultado, que pode ser visto na maioria de suas obras, permite sentir a vitalidade e a luminosidade de cada pintura. Bastante experiência!
Rumo à Japan House
É um centro que combina tradições antigas com tecnologia, para apresentar uma visão do Japão moderno em exposições e performances: desde sua inauguração em 2017, o local já recebeu mais de 30 exposições de arte.
A fachada do prédio chama a atenção de quem passa pela icônica avenida Paulista, composta por uma espécie de pinho original -Hinoki- que engana os olhos, dando a impressão de que a matéria-prima é o ferro. Construída por uma equipe de cinco artesãos japoneses, especializados na arte de ferragens a partir de madeira nobre extraída de manejo sustentável, a fachada tem 36 metros de largura, 11 metros de altura e mais de seis toneladas de Hinoki!
Do lado de fora há também uma parede feita de cobogós de concreto, uma reinterpretação -de Kengo Kuma- dos elementos vazados que fizeram tanto sucesso na arquitetura brasileira dos anos 1930. A partir de agora, o convite é entrar em uma casa que não trabalha com coleção fixa, mas com exposições temporárias, o que significa que sempre há algo novo por lá.
A entrada no local é gratuita e uma boa dica é ir devagar, para curtir tudo com calma, e depois parar em Aizomê e provar algo típico. O restaurante, comandado pela chef Telma Shiraishi, aposta no conceito de settos: um conjunto de pratos variados que compõem uma refeição completa, equilibrada e saborosa. É baseado em gohan (arroz japonês), misoshiru ou outro caldo e tsukemono -legumes em conserva-.
A isto junta-se a sugestão do dia, com várias opções de carne, peixe ou vegetariana - de acordo com os ingredientes da época -, e a carta completa-se com pequenas porções de acompanhamentos. Realmente imperdível!
Voltar para o hotel
Um skyline que supera a região no andar 23. O SEEN São Paulo e suas grandes janelas oferecem uma vista de 360º, em um ambiente descontraído que oferece uma mistura de gastronomia e coquetéis artesanais. Da mão da chef Gizely Rocha, saem apresentações impecáveis, em que triunfam pratos como o wagnu largo, o arroz de marisco e o carpaccio de polvo. Como terminar a noite? Com uma deliciosa bomba de merengue ou com o cheesecake de yuzu, mas não antes de experimentar as bebidas ligadas a cada signo do Zodíaco!
Para quem procura boa música ao vivo, a opção é o Must Bar -localizado ao lado do lobby-: de quinta a sábado, artistas da cena Jazz, Blues, Soul e R&B, e drinks feitos pela premiada bartender Jessica Sanchez . Lá, aos sábados, também é servida a famosa feijoada ao som de um samba bem atrativo.