IATA publicou sua mais recente previsão financeira global para o setor aéreo, estimando que as companhias aéreas alcançarão uma margem de lucro líquido de 3,9% em 2026, a mesma de 2025, mas com lucros totais previstos para US$ 41 bilhões. A previsão projeta receitas operacionais de US$ 72,8 bilhões — um aumento em relação aos US$ 67 bilhões de 2025 — com uma margem operacional esperada de 6,9%. A receita total do setor deverá atingir US$ 1,053 trilhão, um aumento de 4,5% em relação a 2025.
O relatório destaca que o número de passageiros deverá crescer para 5,2 bilhões em 2026, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. A carga aérea deverá atingir 71,6 milhões de toneladas, um aumento de 2,4%.
No entanto, a IATA alerta que os desafios estruturais persistem: as cadeias de suprimentos continuam a limitar a disponibilidade de aeronaves, obrigando as companhias aéreas a operar frotas obsoletas e elevando os custos de manutenção, combustível e leasing. Além disso, embora as receitas estejam crescendo, os custos não relacionados ao combustível — salários, manutenção, leasing, impostos e taxas aeroportuárias — continuam a exercer pressão constante sobre a rentabilidade, em um contexto global de inflação e aumento dos custos regulatórios.
Assim, embora a perspectiva para 2026 seja mais otimista, a IATA enfatiza que a margem de lucro permanece modesta em comparação com outros setores de transporte e inferior à de fornecedores como fabricantes de motores, empresas de manutenção e serviços especializados.
Fonte: IATA.