Qual a importância dos viajantes europeus para a Costa Rica?
O mercado europeu representa aproximadamente 20% das viagens aéreas para o país. Concentramo-nos em seis mercados-chave: Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Países Baixos e Suíça. Esses destinos oferecem voos diretos para a Costa Rica, facilitando a chegada de turistas que, em média, permanecem 17 dias e gastam mais do que os visitantes da América do Norte ou do Canadá.
Além de participar em feiras comerciais internacionais, que outras ações vocês tomam para atrair turistas europeus?
Em todos esses mercados, desenvolvemos campanhas de comunicação que vão além da publicidade tradicional. Nosso objetivo é transmitir o valor do produto turístico da Costa Rica e os motivos para nos escolher como destino. Também realizamos ativações com operadores turísticos e companhias aéreas, que consistem em atividades promocionais específicas para impulsionar as vendas em determinadas épocas do ano.
E no caso da América Latina, quais são os mercados prioritários?
Atualmente, atuamos ativamente em quatro mercados: México, Colômbia, Argentina e Brasil. No México, realizamos amplas campanhas de mídia e organizamos eventos gastronômicos e culturais. Nos outros três países, concentramos nossos esforços em comunicação e relações públicas. Os resultados têm sido muito positivos, com crescimento constante no fluxo de viajantes desses destinos.
A Costa Rica é conhecida por seu turismo de natureza e aventura. Quais outros segmentos eles estão promovendo?
Trabalhamos com dois tipos de segmentação: demográfica e de nicho, sendo esta última a mais relevante. Dentro dessa segmentação, destacam-se três segmentos prioritários.
O primeiro é o turismo MICE (reuniões, incentivos, conferências e eventos), onde a Costa Rica ocupa uma posição excelente.
O segundo é o turismo de bem-estar, focado no bem-estar holístico e em experiências não invasivas, que aproveita a tranquilidade e o ambiente natural do país.
E o terceiro é o turismo náutico, especialmente na costa do Pacífico, onde temos marinas que atraem uma clientela de alto poder aquisitivo. Complementamos também esta oferta com experiências gastronômicas e culturais.
Qual é a visão do país para os próximos cinco anos?
Nossa estratégia não se concentra em aumentar o número de turistas, mas em melhorar a qualidade de suas visitas. Queremos atrair viajantes que permaneçam por mais tempo e gastem mais. Atualmente, a estadia média é de 12 a 13 dias, e nosso objetivo é aumentá-la para fortalecer a economia sem comprometer nossos recursos naturais, que são nossa principal fonte de renda.
Que projetos estão sendo desenvolvidos para impulsionar novas regiões do país?
A metade norte da Costa Rica — incluindo as costas do Pacífico Norte e Central — possui uma indústria turística madura e consolidada, mas o sul ainda tem grande potencial. Queremos equilibrar o desenvolvimento promovendo a costa caribenha e o Pacífico Sul.
Para isso, estamos construindo dois aeroportos internacionais: um em Limón e o outro em Sierpe, na costa do Pacífico Sul. Ambos poderão receber aeronaves Boeing 737 e Airbus A320, com alcance para cobrir toda a América, do Canadá à Argentina.
Esses projetos, juntamente com o plano diretor que estamos implementando, nos permitirão expandir a infraestrutura turística e gerar um crescimento sustentável e equilibrado em todas as regiões do país.