No âmbito da Declaração de Glasgow sobre Ação Climática no Turismo, liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Turismo, cinco áreas-chave são destacadas para avançar rumo a um futuro sustentável: mensuração, descarbonização, regeneração, colaboração e financiamento.
A abordagem atual propõe que os destinos não apenas se adaptem às mudanças climáticas, mas também participem ativamente da regeneração ambiental. Em preparação para a próxima COP30, que será realizada em Belém, Brasil, em novembro de 2025, o turismo terá um espaço dedicado chamado “Jornadas Temáticas do Turismo: Turismo para a Ação Climática – Por um Futuro de Baixo Carbono e Resiliente ao Clima”. Este evento abordará o papel do setor em seis áreas de ação climática: energia, biodiversidade, sistemas alimentares, finanças, inovação e desenvolvimento humano.
O documento da ONU sobre turismo destaca que o setor de viagens é particularmente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, mas também pode fazer parte da solução. Para avançar, é necessário fortalecer a governança, reduzir as emissões, aprimorar a gestão de riscos climáticos, fomentar a colaboração intersetorial e ampliar o acesso a financiamento e inovação.
Na América Latina e no Caribe, essa estratégia é especialmente relevante. Destinos que dependem de seus recursos naturais, como praias, florestas tropicais ou montanhas, enfrentam o duplo desafio de adaptação e regeneração. A implementação dos cinco pilares propostos pode servir como um roteiro para transformar o turismo e as viagens em direção a modelos de menor impacto e mais resilientes, que beneficiem diretamente as comunidades locais.
O setor de viagens está, portanto, entrando em uma fase em que ser simplesmente sustentável já não basta: é preciso ser regenerativo, colaborativo e inovador. A ação climática exige um esforço conjunto entre governos, empresas e viajantes para alcançar um impacto positivo real no planeta.
Fonte: ONU Turismo.