María del Sol Velásquez possui mais de 20 anos de atuação no setor público e privado, ela afirma que sua trajetória foi essencial para a visão estratégica que leva hoje à Diretoria de Promoção de Turismo da PROMPERÚ. Ela conta que compreender o dinamismo empresarial e, ao mesmo tempo, o funcionamento governamental ajudou a conectar interesses e alinhar expectativas:
“Minha experiência ao longo dos anos foi estar tanto no setor privado como no público e entender como funciona cada um”, afirmou Velásquez.
Essa integração, segundo ela, é o que permite estruturar políticas que conversem com a realidade da indústria do turismo.
Continuidade com identidade própria
A executiva reconhece o trabalho técnico consolidado na instituição, que por anos tem elevado o posicionamento turístico do país. Porém, se comprometeu a renovar diretrizes mantendo o amor à pátria como valor central.
O foco da gestão passa a destacar mais do que a fama mundial de Machu Picchu. A proposta é revelar ao mundo um Peru multifacetado, com potencial em aventura, natureza, gastronomia e turismo comunitário, atraindo perfis específicos de viajantes e expandindo a presença internacional do destino.
Conectividade como motor para o crescimento
Antes da pandemia, Lima exercia papel expressivo como hub aéreo sul-americano. Entretanto, a reabertura tardia das fronteiras fez com que companhias aéreas priorizassem outros países. A inauguração do novo Aeroporto Internacional Jorge Chávez marca uma virada.
Velásquez García destaca que o Peru voltou ao circuito das grandes negociações com companhias e eventos internacionais do setor. O trabalho é integrado entre governo, operadores aeroportuários e PROMPERÚ, mirando na retomada do protagonismo regional:
“Queremos que voltem a ver o Peru como um hub que vem forte e que vem realmente a liderar o mercado”, declarou a diretora.
O objetivo é que esse avanço seja sustentado nos próximos cinco anos, recolocando Lima em vantagem competitiva frente a Argentina, Chile e Colômbia.
Mercados que puxam a retomada
Os Estados Unidos permanecem como principal emissor de visitantes ao país. A recuperação do Brasil já é celebrada, especialmente pela retomada das conexões aéreas. A Europa continua relevante e, agora, o mercado asiático ganha prioridade absoluta.
A China, em particular, está no centro da estratégia. Há negociações com companhias interessadas em conectar o país diretamente ao Hemisfério Sul, atraindo um viajante de alto gasto e grande volume.
Hotelaria preparada para novos investimentos
Para absorver o crescimento turístico, o setor hoteleiro passa por modernização. A nova lei de turismo impulsiona investimentos domésticos e internacionais, que encontram no Peru um destino com forte potencial de expansão.
Novas redes chegam. Hotéis se constroem em diferentes regiões. E experiências de hospitalidade se tornam ainda mais qualificadas para atender um público global.
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O encontro foi considerado um marco para o posicionamento do Peru no turismo de reuniões, incentivos, congressos e exposições.
Em seu discurso de abertura, Velásquez García deu boas-vindas aos representantes internacionais reforçando os diferenciais do país:
“Temos infraestrutura de classe mundial, conectividade crescente, uma oferta hoteleira espetacular e, sobretudo, uma hospitalidade que nos distingue do mundo inteiro.”
Ela lembrou ainda que turismo é desenvolvimento e que a parceria entre iniciativa privada e poder público é o que torna esse avanço possível:
“O turismo gera emprego. O turismo impulsiona e dinamiza a economia de um país”, destacou a executiva.
A força de um país que recebe com o coração
A diretora sintetiza o que faz do Peru um destino tão marcante: a capacidade de transformar a viagem em sentimento. A alegria, a cultura, as experiências e, principalmente, o calor do povo são os atributos que elevam a satisfação do visitante e o desejo de retorno.
Reportagem e foto: Mary de Aquino.