Magellan Discoverer, o primeiro navio de cruzeiro híbrido das Américas, consolida a liderança do Chile no turismo sustentável na Antártida

A Asenav e a Antarctica21 celebraram um marco significativo na engenharia naval chilena: o lançamento e batismo do Magellan Discoverer, o primeiro navio de cruzeiro de luxo das Américas com propulsão híbrida (diesel-elétrica), construído inteiramente com engenharia chilena. A cerimônia marcou o momento exato em que a embarcação foi lançada ao mar, especificamente no rio Calle Calle, na cidade de Valdivia.

Com essa inovação, o turismo antártico chileno continua avançando fortemente. Novos investimentos e projetos, como o Magellan Discoverer, consolidam a posição do Chile como líder global na exploração responsável e sustentável do Continente Branco.

Segundo Cristóbal Benítez, Diretor Nacional da Sernatur, “este projeto extraordinário fortalecerá ainda mais a posição do Chile como referência para o turismo antártico por meio de cruzeiros de exploração e cruzeiros aéreos. Esses produtos nos posicionam internacionalmente como um dos principais destinos turísticos da Antártica. Fomos reconhecidos no World Travel Awards como o melhor destino de cruzeiros da América do Sul e agora estamos novamente indicados em nível global. Esses produtos inovadores, fabricados no Chile e híbridos, nos ajudam a aprimorar a sustentabilidade do destino.”

O navio de cruzeiro chileno contará com tecnologia de navegação avançada, alimentada por um sistema híbrido diesel-elétrico. Essa configuração permitirá que a embarcação reduza suas emissões de CO2, minimize o ruído subaquático e navegue por sessenta dias sem reabastecer, promovendo o turismo sustentável na Antártica. Além disso, o navio possui certificação IMO Tier III, o padrão de emissões mais rigoroso da Europa, Estados Unidos e Canadá.

Fernando Rodríguez, Gerente Geral da Asenav, declarou: “Após muitos meses de trabalho, celebramos o lançamento do Magellan Discoverer, um marco resultante do talento e da colaboração de duas empresas do sul do Chile. Esta embarcação representa um grande avanço na engenharia sustentável, posicionando a Asenav como um estaleiro líder na indústria marítima local e colocando o Chile na vanguarda da inovação e do design globais para embarcações deste tipo. Em poucos meses, a Antarctica21 inaugurará uma nova era de exploração polar a bordo de um navio de cruzeiro sem igual nas Américas.”

Desde o início do corte do aço em fevereiro de 2024, o estaleiro levou 624 dias para concluir 90% da estrutura do navio de cruzeiro, uma tarefa que envolveu mais de 500 pessoas, incluindo funcionários e contratados da Asenav. Agora, o Magellan Discoverer entrará em sua fase final de construção, focada principalmente em trabalhos de acabamento, como instalação do convés, configuração de sistemas e acabamentos internos, antes dos testes em mar aberto.

Por sua vez, Jaime Vásquez, presidente da Antarctica21, comentou: “Este é um momento profundamente simbólico para nós. Com o lançamento do Magellan Discoverer, reafirmamos nosso compromisso com o turismo antártico sustentável e com a inovação a partir do sul do Chile. Este novo navio não só representa um salto tecnológico em sustentabilidade, mas também um reflexo do talento nacional e do que somos capazes de alcançar quando buscamos a excelência. Temos orgulho de colaborar com a Asenav neste projeto que une engenharia de ponta a uma visão responsável do turismo no território mais remoto do planeta.”

O evento contou com a presença de autoridades nacionais e regionais, incluindo o diretor nacional da Sernatur, Cristóbal Benítez; o governador regional, Luis Cuvertino; o delegado presidencial de Los Ríos, Jorge Alvial; a prefeita de Valdivia, Carla Amtmann; a secretária regional de Economia, Desenvolvimento e Turismo, Alejandra Vásquez; a secretária regional de Obras Públicas, Francisca Vergara; o governador marítimo de Valdivia, Capitão Alejandro Valenzuela; o capitão do porto de Valdivia, Gonzalo Townsend; e o diretor regional da Sernatur Los Ríos, Juan Pablo Leiva.

O diretor da Sernatur Los Ríos destacou a importância deste marco para a região e seu potencial impacto no desenvolvimento do turismo nacional. “A partir da Calle Calle River, em Valdivia, estamos muito satisfeitos por contar com este tipo de indústrias favoráveis ​​ao turismo e esperamos continuar contribuindo para o desenvolvimento do setor, tanto através dos produtos que exportamos para outras partes do mundo — neste caso, aqueles que irão viajar pela Patagônia e Antártica — quanto pelo fortalecimento de toda a atividade náutica na Região de Los Ríos, não apenas em seus rios, mas também em seus lagos e no mar, que é tão vasto para nós”, afirmou Juan Pablo Leiva.

Magellan Discoverer: 100% Inovação e Engenharia Chilenas.
O Magellan Discoverer ostenta um estilo boutique, semelhante a um iate, com 94 metros de comprimento, 17 metros de boca e 30 metros de altura. Tem capacidade para 96 ​​passageiros e 67 tripulantes. No entanto, para os cruzeiros aéreos oferecidos pela Antarctica21, sob a qual este navio operará, foi projetado para um máximo de 76 passageiros.

O navio de cruzeiro está equipado com um sistema de propulsão híbrido-elétrico avançado, composto por quatro potentes grupos geradores MAN, totalizando 4.800 ekW de potência, e dois propulsores elétricos ABB Azipods® com manobrabilidade de 360°, que facilitarão a navegação em áreas com icebergs. Além disso, essa tecnologia permitirá uma configuração mais simplificada da casa de máquinas, eliminando a necessidade de uma linha de propulsão completa e, em última análise, otimizando o desempenho da propulsão ao remover quaisquer peças mecânicas intermediárias.

Vale destacar que a aliança entre a Antarctica21 e a Asenav já produziu seu segundo navio sustentável. O primeiro foi o navio de cruzeiro Magellan Explorer, que atualmente opera com baixo impacto ambiental na região mais austral do planeta. Foi justamente por este navio que o estaleiro de Valdivia recebeu o Prêmio de Sustentabilidade AHK para grandes empresas em 2023, um prêmio que reconheceu o projeto naval por sua pegada de carbono reduzida e práticas de tratamento de água.

Fonte: SERNATUR.