Abel Castro, da Accor, celebra expansão nas Américas com recordes e novos projetos no Brasil e no exterior

O Chief Development Officer (CDO) das Américas da Accor fala sobre sua trajetória, os planos de crescimento e a emoção de transformar terrenos em grandes hotéis

(Source: Divulgação Accor.)

Formado em turismo e hotelaria, Abel Castro construiu toda a sua carreira no setor. “Comecei com consultoria, depois trabalhei no início da FOHB e Roland Bonadona e há 20 anos estou na Accor”, contou Castro.

Ao longo dessas duas décadas, ele assumiu responsabilidades crescentes, passando pelas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil até alcançar a liderança do desenvolvimento em toda a América — do Canadá à Argentina. Hoje, é responsável pelas marcas Premium, Scale e Young da companhia nas Américas.

Crescimento acelerado e marcos históricos

O último ano foi especialmente significativo para a Accor. “Ano passado, assinamos 28 contratos — mais de um hotel por mês. E este ano vamos acelerar esse ritmo”, afirmou Castro.

Entre os marcos, ele destacou a assinatura do projeto em Las Vegas: a conversão do lendário Treasure Island para o Handwritten Collection, que se tornará o maior hotel da Accor no mundo, com 2.884 quartos.

Além disso, a Accor fechou um acordo no México que adiciona 22 novos contratos em países como Brasil, Porto Rico e Argentina. “Esses hotéis já começaram a operar e serão convertidos para nossas marcas nos próximos anos”, explicou. As bandeiras envolvidas incluem Ibis Styles, Mercure e Swissôtel.

Outro destaque é a chegada da marca Handwritten Collection ao Brasil, com a primeira unidade em João Pessoa, e o lançamento do primeiro Tribe no país. “Sou apaixonado por essa marca. É descolada, com muito design, música e estilo. Tem tudo a ver com o Brasil”, comentou Castro, que anunciou ainda um segundo Tribe em Maringá, com abertura prevista para os próximos três anos.

O trabalho de traçar estratégias e conectar investidores

Como Chief Development Officer, Castro tem a missão de definir os rumos do crescimento da Accor nas Américas. “Minha função é traçar a estratégia: onde e como vamos crescer, quais marcas e modelos de negócio — se franquia ou administração — serão aplicados”, explicou.

Para executar esses planos, ele conta com uma equipe de 16 pessoas distribuídas em países como Estados Unidos, México, Colômbia, Argentina e Brasil. “A equipe vai a campo para implantar o que decidimos”, destacou.

A captação de investidores é uma das etapas mais delicadas do processo. Segundo o executivo, os investidores vêm de diferentes perfis — de private equity americanos a grupos de fazendeiros e industriais. “Nosso desafio é mostrar que a hotelaria é uma excelente opção de investimento, um negócio rentável e duradouro, que gera valor e retorno com operação profissional”, afirmou.

O prazer de ver um sonho virar realidade

Entre as muitas responsabilidades, o que mais motiva Castro é ver um projeto nascer do zero. “Quando chego a um terreno vazio e imagino o hotel, o restaurante, a operação, e depois de alguns anos volto e vejo tudo funcionando — isso é o mais prazeroso do meu trabalho”, revelou.

Para ele, a hotelaria vai além de um negócio: é também uma forma de impulsionar economias locais. “A gente pensa em quantas pessoas vão trabalhar ali, na renda e no impacto para a comunidade”, completou.

O sucesso do SAHIC e o retorno ao Brasil

Abel Castro também celebrou o sucesso do SAHIC, evento internacional da indústria hoteleira que, neste ano, aconteceu no Fairmont Rio de Janeiro, uma das propriedades icônicas da Accor. “Posso dizer sem sombra de dúvida que foi o SAHIC mais interessante de todos. Teve uma energia e um público únicos”, afirmou.

O desempenho do evento foi tão positivo que o organizador, Arturo García, decidiu repetir o encontro no mesmo local — algo inédito. “Acho que fizemos nosso trabalho muito bem feito. Será um prazer receber novamente o evento em Copacabana”, disse Castro.

Planos estratégicos para os próximos anos

A Accor segue em expansão, mas com foco na qualidade. “Queremos crescer com bons hotéis, boas localizações e bons parceiros”, resumiu Castro.

O executivo explicou que o modelo de franquias continuará predominando no Brasil — atualmente, 90% dos contratos seguem esse formato. “Preferimos administrar hotéis grandes em capitais e franquear nas cidades secundárias”, detalhou.

A família Ibis seguirá como principal motor de crescimento. “Temos mais de 100 cidades mapeadas com potencial para Ibis”, afirmou. Mas as marcas premium também estão nos planos. “Temos o Pullman, o Grand Mercure e queremos trazer o Swissôtel de volta ao Brasil, assim que surgir uma boa oportunidade.”

Reportagem: Mary de Aquino.

Foto: Divulgação Accor.


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