A América Latina e o Caribe devem fechar 2025 com um volume de tráfego aéreo de 789 milhões de passageiros, um aumento de 4% em relação a 2024. Os países com melhor desempenho esperado são Colômbia (+5,6%), México (+4,5%) e Brasil (+2,1%).
Dados preliminares também projetam que o tráfego aéreo na região atingirá 821 milhões de passageiros até 2026. A informação foi apresentada nesta segunda-feira, durante a Assembleia e Conferência Anual do Conselho Internacional de Aeroportos para a América Latina e o Caribe (ACI-LAC), que acontece até amanhã (7) em Trinidad e Tobago, no Caribe.
Em seu discurso de posse, o Diretor Geral da ACI-LAC, Rafael Echevarne, argumentou que a liberalização e a desregulamentação do setor da aviação são essenciais para impulsionar o crescimento sustentável e competitivo da aviação na América Latina e no Caribe. A abertura e o acesso irrestrito ao mercado têm se mostrado eficazes em nível global, promovendo eficiência, conectividade e inovação, além de gerar benefícios diretos para passageiros, companhias aéreas e aeroportos.
Em um contexto de crescente demanda por eficiência e sustentabilidade na aviação, o ACI-LAC enfatiza a importância de garantir que os aeroportos tenham os recursos necessários para manter e desenvolver sua infraestrutura e serviços com qualidade, garantindo a continuidade dos investimentos, a segurança operacional e a experiência do passageiro.
"Os aeroportos têm o direito de cobrar pelo uso de suas instalações e serviços. Essas taxas são baseadas nos custos reais de operação e manutenção e representam apenas uma pequena parcela das despesas totais das companhias aéreas. Além disso, são regulamentadas pelas autoridades competentes, garantindo transparência e equilíbrio no relacionamento com companhias aéreas e passageiros", afirmou o Diretor-Geral da ACI-LAC.
Conectividade aérea, resiliência climática e geração de negócios
Sob o tema "Aeroportos definindo a conectividade na América Latina e no Caribe", o primeiro dia da conferência anual ACI-LAC ofereceu uma visão geral da direção e dos desafios do setor aeroportuário, combinando tópicos estratégicos e atuais.
No painel de abertura da conferência, CEOs de aeroportos e autoridades reguladoras compartilharam as melhores práticas em contratos de concessão, explorando lições aprendidas e potenciais avanços no mercado aeroportuário. Outros painéis, realizados ao longo do dia, abordaram o arcabouço legal para a certificação de aeródromos — desde a padronização da ICAO até a implementação prática —, bem como estratégias para a construção de uma infraestrutura resiliente que enfrente os desafios climáticos, maneiras de alavancar a carga aérea como um impulsionador de oportunidades e tendências em serviços de assistência em terra que equilibrem eficiência operacional, experiência do passageiro e a necessária transição energética.
Fonte: ACI-LAC.