Como Antígua e Barbuda estão se adaptando às novas tendências de viagens?
Primeiro, criamos uma plataforma digital de entrada que registra não apenas quem chega e de onde vem, mas também onde fica hospedado. Ela inclui perguntas opcionais que nos ajudam a entender por que escolheram Antígua e o que buscam ao visitar o país. Desde a pandemia, notamos uma mudança: os viajantes preferem acomodações de curta duração, no estilo Airbnb, em comunidades locais. Eles não viajam mais apenas por sol e praia; eles buscam experiências culturais, culinárias e autênticas.
Como Antígua e Barbuda usa a tecnologia para diversificar sua oferta turística?
A pandemia também aumentou a demanda por imóveis de luxo. Visitantes de alto padrão são menos sensíveis a passagens aéreas e tendem a gastar mais em restaurantes, passeios e experiências. Eles também são mais resilientes a interrupções, como lockdowns em mercados importantes como os Estados Unidos.
Que ações estão sendo tomadas em sustentabilidade e proteção ambiental?
Trabalhamos em estreita colaboração com o departamento ambiental. Alguns turistas querem aproveitar a natureza: observação de pássaros e mergulho em recifes. É por isso que temos dois projetos de restauração de recifes e estamos demarcando os fundos marinhos para evitar danos causados por iates. Também restauramos áreas úmidas, sempre buscando preservar o ecossistema.
Como você envolve as comunidades no crescimento do turismo?
É vital que as comunidades se sintam parte do produto turístico. Antes de qualquer investimento, realizamos reuniões para apresentar os benefícios e receber feedback. Também desenvolvemos passeios que permitem aos visitantes interagir com a comunidade, para que experimentem benefícios diretos e não vejam o turismo como uma invasão.
O que há de novo em conectividade aérea e marítima?
Em cruzeiros, assinamos um acordo com a Global Ports Holdings, a maior operadora do mundo, que traz investimento, profissionalismo e poder de negociação com as empresas de cruzeiros. Na aviação, inauguramos o Aeroporto Internacional de Barbuda, projetado para voos privados e turismo de alto padrão. Também estamos reformando a pista principal em Antígua (BC Bird), um investimento de aproximadamente US$ 50 milhões.
Como você vê o futuro do turismo em Antígua e Barbuda nos próximos 5 a 10 anos?
Espero que Antígua e Barbuda, juntamente com outras ilhas, consolidem um esforço comum sob a Organização de Turismo do Caribe, falando e agindo como um bloco regional. Queremos fortalecer a conectividade, a experiência de luxo e a sustentabilidade, posicionando-nos como líderes no Caribe.