Bruno Reis da Embratur ressalta força do Brasil na FIT América Latina e novos caminhos para o turismo internacional

Bruno Reis, diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, falou sobre a importância das novas rotas aéreas, os avanços do Plano Brasis, a qualificação do setor e o fortalecimento do turismo comunitário

(Source: Mary de Aquino.)

O Otimismo com a participação brasileira, para Bruno Reis, a FIT América Latina cumpriu um papel decisivo na preparação da temporada de verão. O encontro serviu como palco para fechar parcerias, alinhar estratégias e ampliar a visibilidade internacional.

“Ver e sentir a quantidade de relações comerciais estabelecidas com expositores brasileiros deixa muito otimista sobre a temporada”, destacou. Ele acredita que a feira funciona como um balizador para medir o fluxo de turistas esperado entre dezembro e março.

Conexão entre cidades secundárias

A presença de rotas que ligam cidades secundárias da Argentina a destinos menos explorados do Brasil foi outro ponto enfatizado. Córdoba a Cabo Frio e Mendoza a Maceió são exemplos de conexões que ampliam as possibilidades de viagem.

Segundo Reis, esse movimento ajuda a descentralizar o turismo, fortalece regiões fora dos grandes centros e cria alternativas para manter a ocupação em períodos de baixa temporada.

Personalização do Plano Brasil

O Plano Brasis, que norteia a estratégia nacional de promoção turística, já foi apresentado em todos os estados e começa a gerar impacto prático. A proposta é adequar as ações à realidade de cada região, respeitando perfis e potenciais diferentes.

“Promover o Rio Grande do Sul é diferente de promover o Rio Grande do Norte. Cada estado precisa de uma abordagem adaptada”, explicou o diretor. Após cada apresentação, a Embratur retorna em quatro meses para avaliar os avanços e eventuais gargalos na implementação.

Qualificação e inteligência de dados

Sobre a capacitação em idiomas e atendimento ao turista, Bruno Reis esclareceu que a responsabilidade é do Ministério do Turismo e do sistema S, mas que a Embratur atua oferecendo inteligência de mercado.

“O que conseguimos fazer é apontar, com base em inteligência de dados, quais mercados estão em crescimento e como os destinos devem se preparar”, disse. Ele citou o exemplo da China, que desponta como mercado estratégico e exige preparação cultural e de serviços para atender melhor esse público.

Fortalecimento do turismo comunitário

O turismo comunitário também ganhou destaque na fala de Reis. A Embratur criou o programa Feel Brasil para integrar micro e pequenas empresas locais à cadeia turística, aproximando visitantes das comunidades.

“É fundamental aproximar o turista das comunidades, garantindo que o impacto econômico chegue a quem realmente produz a experiência”, ressaltou. Segundo ele, fóruns internacionais recentes colocaram o Brasil no centro da agenda de turismo responsável e sustentável, reforçando o protagonismo do país.

O turista que o Brasil deseja receber

Bruno Reis compartilhou sua visão sobre o perfil de visitante ideal para o país.

“Eu gosto dos turistas que queiram vivenciar a nossa fauna e flora em conjunto com a hospitalidade. Esse mix é imbatível. O nosso ‘Brazilian lifestyle’, o nosso borogodó, é o que queremos compartilhar”, afirmou.

Reportagem e foto: Mary de Aquino.


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