WTM 2024: Embratur participa de feira em São Paulo de olho no fortalecimento do turismo na América Latina

No primeiro dia do evento, Agência assinou protocolos de intenções de sustentabilidade e de fortalecimento do setor na região, e firmou uma série de acordos de cooperação técnica

(Source: EMBRATUR)

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou o estreitamento na relação entre o Brasil e o Chile e as conquistas do Brasil no setor do turismo em 2023 e 2024, ao conversar com jornalistas na abertura da WTM Latin America, que começou nesta segunda-feira (15) e segue até a quarta-feira (17), em São Paulo (SP). A participação da Agência na feira internacional de turismo é focada em negócios e em criar alternativas que ajudem a arrefecer o impacto da crise econômica da Argentina no número de entrada de turistas internacionais no país, ação que tem os chilenos como parceiros estratégicos.

A Embratur participa da feira desde o início da edição latinoamericana, em 2013, com investimentos variados. Em 2023, a participação resumiu-se a visitas institucionais. Este ano, já no primeiro dia de evento, a Agência assinou Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com associações, institutos e representantes dos segmentos do turismo náutico, aéreo e do MICE (sigla para Meetings, Incentives, Conferences e Exhibitions/Events ou Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições/Eventos).

Ainda no primeiro dia, a Agência recebeu o prêmio Empresa Amiga do Afroturismo, que valoriza destinos de histórias negras, personalidades, culturas e profissionais que atuam no segmento. A coordenadora de Diversidade, Afroturismo e Povos Indígenas da Embratur, Tania Neres, representou a Agência na premiação e lembrou de como o afroturismo tem sido uma das prioridades da atual gestão.

A WTM Latin America atrai, por ano, 27 mil profissionais e 620 empresas expositoras do setor de viagens e turismo de mais de 40 países. Eles se reúnem para fazer networking, negociar e descobrir as últimas novidades da indústria. Dos visitantes, 94% são da América Latina e 6% de outras regiões do mundo. Proprietários, gerentes e diretores representam 60% dos cargos. Dos expositores, 47% são do Brasil, 25% de países das Américas, 16% da Europa, 8% da África e Oriente Médio e outros 4% da Ásia.

“A Embratur está muito feliz de estar junto com o Ministério do Turismo e com parceiros do Brasil inteiro na maior feira internacional que acontece dentro do Brasil. São mais de 50 países. 2023 foi o ano em que o Brasil voltou, a gente bateu recorde de arrecadação com o turismo internacional, superamos o ano da Copa do Mundo, 2014, e janeiro e fevereiro [de 2024] não foi diferente. Então, é um momento muito importante de se pensar no futuro e de fazer com que o Brasil seja esse país de portas abertas, com a sua diversidade, recebendo o mundo inteiro”, afirmou Marcelo Freixo.

O presidente da Agência também fez um breve balanço das últimas conquistas. “A gente acabou de aprovar, na semana passada, uma lei muito importante, que estrutura a Embratur, pois pegamos uma herança muito ruim, então, a gente conseguiu estruturar para que possamos ter orçamento público e também parceria no orçamento público e privado. O primeiro ano foi de arrumação da casa e agora é um ano de conexão, de aprofundamento, e os números já estão mostrando isso. O Chile, que está aqui, por exemplo… Tivemos um aumento de chilenos no Brasil, fruto de muito trabalho”, destacou.

Compromissos e acordos assinados
Entre as ações da Embratur na WTM 2024 está a assinatura protocolo de intenções com o Instituto de Desenvolvimento Econômico Local (IDEL). A intenção da parceria é trabalhar uma estratégia de promoção conjunta dos destinos e empreendimentos certificados e trocar experiências e boas práticas relacionadas ao turismo sustentável e responsável. O IDEL representa a Fundação Holandesa Green Destinations no Brasil, organização global sem fins lucrativos que fomenta o desenvolvimento de destinos, negócios e comunidades de maneira sustentável.

A Embratur também assinou um protocolo de intenções com a agência de viagens Decolar. O documento visa fortalecer o turismo na América do Sul e mitigar a queda na entrada de turistas argentinos no Brasil, fortalecendo e ampliando parcerias com instituições que possam somar esforços para o potencial de crescimento e captação de turistas de outros países da região, em especial Chile, Colômbia, Peru e Paraguai, além do México.

Outra ação importante foi a assinatura do acordo de cooperação técnica com a Associação Internacional de Cruzeiros (Clia). O ACT é voltado para que a Agência e a associação desenvolvam ações cooperadas para promover e divulgar o Brasil no turismo náutico no mercado internacional. As principais iniciativas serão voltadas para cruzeiros marítimos e fluviais. O acordo também prevê o compartilhamento de imagens e conteúdos audiovisuais de ações de promoção do Brasil. A Embratur assinou os ACTs também com as entidades MICE ABEOC, ABRACORP, ALAGEV, AMPRO, UBRAFE e Unedestinos.

Recordes seguidos
No ano passado, o Brasil recebeu 5,9 milhões de turistas internacionais, 63% a mais que em de 2022, e registrou US$ 6,9 bilhões em entrada de divisas, maior número desde o início da série histórica, em 1995. E no acumulado dos dois primeiros meses de 2024, que somam o verão brasileiro e o Carnaval, os estrangeiros deixaram em nossa economia US$ 1,47 bilhão, crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2023, quando o valor foi de US$ 1,13 bilhão.

Sobre o Chile, em janeiro de 2024, o Brasil recebeu 77.221 turistas internacionais do país, 47,8% a mais que os 52.217 do mesmo período de 2023. Ainda em relação ao país andino, ele foi o que registrou maior crescimento em um ano para o mês de fevereiro, dado mais recente. Pulou de 58 mil no segundo mês do ano passado para 93 mil no mesmo período deste ano, uma variação de 77,7%. Em janeiro, o Chile já havia batido o recorde da série histórica até então, com 77 mil visitantes no Brasil.

O crescimento ajudou a compensar a queda na chegada de turistas argentinos em decorrência do agravamento da crise econômica no país vizinho. Em fevereiro de 2024 chegaram ao Brasil 307 mil argentinos, 10,7% menos do que os 343 mil de 2023.

Além disso, no acumulado de 2023, o Chile retornou ao patamar pré-pandemia registrado em 2018 e retomou a posição de terceiro maior mercado emissor de turistas para o Brasil, com um total de 458.576 chegadas. O número é 126% maior que o registrado em 2022, de 202.470. As principais vias de acesso em 2023 foram aérea, com 97%, e terrestre, com 2%.

Fonte: Embratur,


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